E agora?

Aquela voz me entorpece, me tonteia

Aquele olhar me põe a nu

São apenas lembranças

Que junto a este silêncio

Compõem um vazio imenso

Que já não me larga

Mesmo depois de tanto tempo

São lembranças…

Ou serão carências minhas

Que ora foram tuas? Não sei…

Só sei que estão comigo

Até quando perceberes

Que deves voltar pra mim

Curitiba, 4 de novembro de 2013

Dor de saudades...

Não há como negar

As saudades têm batido à minha porta

Pedindo pra entrar

Entrar e ficar

Com lugar e hora marcada

Assim, sem perguntar nada

Sem nada dizer

A conversa é apenas ao pé do ouvido

Sem ninguém saber, coração sentido

Mais que um soluço, ou gemido

E aliás, ninguém precisa saber

Que ela vem assim

Perto de mim, e nada mais…

Curitiba, 2 de novembro de 2013

Inocência...

Ele é apenas um menino

Coração puro, inocente, 

Sem desatinos

Apenas se entrega, se revela

Não importa o que pensem

O que conta de verdade

É o brilho nos olhos

O bem no pensamento

E a vontade de repartir.

Curitiba, 31 de outubro de 2013

Distância

                                                            Depois desta distância

Imposta, não desejada,

Mascarada

Com tudo o que não foi dito

Tenho que admitir: sinto falta…

Depois da sua ausência

Desta carência que me turva os olhos,

Me entope as veias

E me cala o coração,

Tenho que admitir: sinto saudades

Depois dos enganos, das faltas

Das palavras ditas,

Mal interpretadas,

Que invadem meu pensamento

Tal qual vagalumes na noite mais escura

Tenho que gritar: sinto um vazio enorme

Mas valeu a pena…

Curitiba, 30 de outubro de 2013

4 em 3 : para Pedro, Amanda (só no clique), Maria Flor e João Caetano

Há tantos amores na vida

Das mais variadas formas

Tamanhos e cores

Que importa? São amores!

E sobre eles não se discute

Uns aparecem, outros não

Ficam bem escondidinhos

Atrás de um simples botão...

Curitiba, 14 de outubro de 2013

E ele se foi...

Tanto ela escreveu

Sobre tudo, sobre a vida,

Sobre alegrias, feridas,

Mas principalmente sobre ele...

Um dia, se deu conta

De que ele partira e que

Naquele coração duro

Não havia ficado

Uma palavra, uma linha sequer

Do que ela deitara no papel

Curitiba, 17 de agosto de 2013

Doçuras...

E ao provar destas doçuras
Deixo de lado a amargura
Faço as pazes com a vida...

(Curitiba, 28 de junho de 2013)

Macarons...

" E de repente, 

Tons ora opacos se transformam 

Misteriosos e enigmáticos 

  Num verdadeiro arco-íris de sabores 

  Que nascem de novas cores

E se derretem..."

(Curitiba, 1o de julho de 2013)

Sonhos no varal...

Quero delicadamente
Vestir-me de amor
Perfumar-me de carinho
E abastecer-me de mel
Só pra quando te encontrar
A pendurar teus olhos
No varal dos sonhos
Preso às estrelas do céu...

Curitiba, 9 de junho de 2013

Silêncio...

Meu silêncio mora na boca,

Esconde os meus medos, 

Minhas tristezas e segredos

Que pela ponta dos dedos tento extravasar

Não preciso falar

Apenas deixo verter a alma

Com calma, sem pressa, com jeitinho

Bem devagarinho, até que se esgote tudo

Calcando o papel, batucando nas teclas,

Descortinando a minha vida, meu mundo...

Curitiba, 30 de maio de 2013

É só...

E por ora é só...

Escrevo tão somente as minhas lágrimas 

Em formato de palavras

Uma vez que meus olhos, represados e cansados,

Se recusam a mostrar

Mas por favor, não zombe...

Pois não sabe o que se esconde

Atrás de cada rabisco, permeando cada palavra

Que é tão somente um meio

Pra falar do meu amor...

(Curitiba, 30 de maio de 2013)

Não me cobres...

Não me cobres

Uma relação estável, durável, palpável...

Tenho medo

De me envolver de novo e sofrer,

De que a qualquer hora

Decidas que já deu!

Mantenho a retaguarda...

Ainda assim, o coração se agita,

Os olhos brilham, os braços se abrem

Mas a boca se cala...

Curitiba, 28 de maio de 2013

Haikai XXVIII

O povo corre

Nas ruas da cidade

Vem tempestade

Curitiba, 28 de maio de 2013

Haikai XXVII

Chove lá fora

Lágrimas caem

Coração chora

Curitiba, 28 de maio de 2013

Nem que fosse só por um minuto

Já valeria a pena

Ver a luz do teu olhar

Teu sorriso aberto, singular...

Teu carinho nunca escasso

Pronto para me abrigar

Chegar neste porto seguro,

Eu juro, é alegria, é amar

E amar por dentro e por fora

Sem vontade de ir embora

Com vontade de ficar...

Curitiba, abril de 2013

Liberdade...

Escancarar a alma

Liberar os sentimentos

Libertar do cativeiro

O gozo pela vida

Deixar fluir

Não ter vergonha de dizer

O que vai por dentro

Por que isso, não controlamos

Não se pode segurar

E nem ignorar

O gosto do coração

Curitiba, 20 de janeiro de 2013-01-20