domingo, 30 de maio de 2010

Timidez


Ah, essa timidez maldita,
Que em meu coração palpita
Que me deixa tão aflita
Por não poder concretizar

Aquele beijo roubado
Aquele abraço infinito
Desejado, expresso, escrito
E que vive, concretamente, no ar

Um dia me abro, me dispo
Dos escrúpulos, das vergonhas
Agarro você do meu jeito
Ainda que a isso não te disponhas

E trato com a timidez desfeito,
Me encho de coragem
Ao desejo dou passagem
Felicidade, vem se mostrar!

Curitiba, 30 de maio de 2010

terça-feira, 25 de maio de 2010


Você é um sedutor...
Foi falando, e discorrendo
E cantando o canto da sedução em cada palavra

Vc me abriu o apetite
E me fez ter mais e mais fome de ler, de conhecer
Por prazer...
Sem trégua e sem limite
Apenas o ler, por amor

Porque é só assim,

Simulando o ato amoroso com a leitura,
Que se pode chegar ao climax
E embora pleno, talvez embriagado,
Pela idéias que vem de tantos,
Ainda assim querer mais e mais...
E não querer romper os laços fortes
Que não se desfazem,
Que viram nós difíceis de desatar...

Vc é isso. E talvez nem se dê conta...

Curitiba, 23 de maio de 2010

domingo, 9 de maio de 2010

À Estrelinha do Al...


Ele, o pai meio sem-jeito; ela um bebê nos seus braços
Ele, o pai protetor; ela, aprendendo os primeiros passos
Ele, ensinando as continhas; ela, ensaiando as letrinhas
Ele, de olhar carinhoso; ela, fazendo gracinhas
Ele, com jeito zeloso; ela, mocinha se faz
Ele, pensa: cadê meu bebê? Já não dá pra voltar atrás.

Ela, mocinha dengosa, se desmancha em abraços
Ele, paizinho orgulhoso, se envaidece dos seus traços
Sabe que na vida, nada dura para sempre
Mas por que essa ausência que dói, assim tão de repente?
Ela, moça linda, virou estrela no céu
Partiu cedo demais...
Ele, que hoje, bem mais do que um pai, é um coração triste,
Tem a certeza de que um dia, encontra de novo essa menina
Que há de esperá-lo iluminada, com o sorriso mais lindo que existe...

Ao meu amigo Al, e à sua Adriana, com todo o carinho, minha homenagem.