domingo, 27 de março de 2011

Tanta pressa...


De repente aperto as mãos
E imagino a vida fluindo
Rapidamente por entre os dedos
Parece ter tanta pressa!
E penso: só se vive uma vez...
É medo!

De repente abro as mãos
E as ergo na direção
De quem mais precisa
Como se através do gesto
Emprestasse meu coração...
A flecha saindo do meu eu
Alcança o outro: o alvo certo
É doação!

De repente levanto os olhos
E deixo de perceber meu eu sozinho
Para perceber o eu daquele à minha volta
Mas já não sou mais eu
Invado o espaço do outro
Como o outro invade o meu
Com delicadeza.
Com consentimento.
É amor...


Escrito em Curitiba, aos 15 de março de 2009
Inscrito no Concurso Helena Kolody, em 2010



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