Hoje eu queria um céu bem
azul
Azul de doer
De dar vontade de comer
um pedaço
De sentir cheiro dessa
cor que dói no olho
E o gosto que apimenta os
sentidos
Mas tudo o que vi
Ao olhar pela janela
Foi um céu cheio de
cinzas
E ventos, e gotas de
chuva
Prometendo frio
Assombrando raios de sol
Para que não voltem tão
cedo
E promovendo desabraços
Favorecendo apenas
Tímidas e inquietas mãos
no bolso
Que procuram por algo que não está lá
Que procuram por algo que não está lá
Ou ainda luvas e braços cruzados
A estocar carinhos e
afagos e sorrisos congelados
Para a próxima estação.
Curitiba, 24 de julho de
2014
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