quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Vento

Vento
Sopra, balança, seca
Entra no olho e cega
Venta, desinventa
Inventa um cabelo diferente
Faz lágrima crescer na gente
Num cisco que aparece de repente
Vira guarda-chuvas ao contrário
Levanta as saias das meninas
E leva a meia
Que até um minuto atrás
Repousava no varal,
Deixando sem sal
O pé que lá restou
Agora sem par
E preso, a suspirar
De solidão e amor...

Curitiba, 22 de julho de 2014


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