quarta-feira, 22 de outubro de 2014



O meu silencio mora ali,
Virando a esquina,
Na casa das minhas tristezas.
Sempre de portas fechadas,
Janelas debaixo de grades
E portões com cadeados.
Ninguém entra ali.
Ninguém é obrigado a saber
Porque choram meus olhos.
Se é de desgosto, tristeza, saudade,
Se é vazio de felicidade,
Ou falta dos olhos teus,
A mirar com insistência os meus…
Por vezes tranco a morada.
Finjo que esqueço o caminho.
Se ali adentro, saio bem de fininho.
Fujo das tuas lembranças,
De tanto carinho escondido
Sentimento emudecido
A morar naquele breu…

Curitiba, 22 de outubro de 2014


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