sábado, 30 de abril de 2011

Haikai XII


Com três frases
Meu coração brinca
Pensando um haikai...

Curitiba, 27 de abril de 2011

Haikai XI


À noite vejo
Um reflexo de prata na água
É a lua morando no mar...

Itapema, 25 de abril de 2011

Haikai X



A noite guarda
Na gaveta dos sonhos
Amores e desejos...

Curitiba, 25 de abril de 2011.

Haikai IX


O sol me espreita
E com delicadeza
Minha dor aceita

Itapema, 22 de abril de 2011.

Haikai VIII


A vida me leva
Adiante do meu tempo
Voa pensamento!

Curitiba, 28 de abril de 2011

Haikai VII


No momento em que dobro aquela esquina
A lua em segredo me ilumina
E me empurra pra perto de ti

Itapema, 22 de abril de 2011

Haikai VI


Cheio de esperança
O sol que brilha nesta manhã
Me estende a mão e me alcança


Itapema, 25 de abril de 2011

Haikai V


Meu sofrido coração
Casa de tantos hóspedes
Onde muitos vem e vão...

Curitiba, 29 de abril de 2011

Haikai IV


São cartas escritas
E palavras tão bonitas
Atadas em cetim.


Curitiba, 29 de abril de 2011

Haikai III


Brinco de escrever
Em poeta me transformo
Não quebre meu sonho...

Curitiba, 29 de abril de 2011

Haikai II


A luz da manhã
Me lembra que é hora
Do dia crescer.

Curitiba, 29 de abril de 2011

Haikai I


Janelas abertas,
Seus olhos azuis me acolhem
E me fazem sonhar...

Curitiba, 30 de abril de 2011

Tuas Palavras...


Tuas palavras
Que tanto adoçam meus ouvidos
Parecem presentes do céu...
Abrem caminhos floridos
Mesmo escritas no papel
Quero guardá-las comigo
Tal qual relicário: escondido,
Protegido atrás de um vidro,
Até que se tornem puro mel...

Curitiba, 29 de abril de 2011

Escrever...


Sofro com meus versos
Como se fosse um parto
Ponho-os pra fora num ato
Depois os aconchego, namoro
E os partilho: é um alto preço
Esperando talvez que a dor se afaste
E se desgaste por si só
Ou me vire pelo avesso...

Curitiba, 29 de abril de 2011

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Pouco a pouco...


Pouco a pouco meu coração se enche de luz!
Tua lembrança ainda me seduz, é fato...
Mas te afasto dos meus pensamentos
Te arranco dos meus sentimentos
Ainda que com delicadeza,
Como se possível fosse...
Pra não arder, pra não doer,
Pra fazer o sorriso aparecer
De novo...
Afinal, quis ser tua casa, teu porto seguro
Emprestar minha alma pra teu descanso
Com muito amor, eu juro!
Mas não deu certo
E te ter por perto já não dá...
O melhor é não pensar
Que saudade que me dá...

Curitiba, 29 de abril de 2011

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Homenagem do Portal do Poeta Brasileiro


Esta homenagem foi feita ontem, dia 27/04/2011, no Portal.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Maria Flor


Narizinho lindo
Olhar terno e doce
Mundo embrulhadinho
Em botões e laçarotes

Rendinhas e fitas
Sapatinho de algodão
És a mais querida
Dentre as flores em botão

Maria simplesmente,
Florzinha no meu jardim
Dengosa, meiga e doce
E dona de amor sem fim.

Curitiba, 11 de abril de 2011.


Roubaram minha alma
Perdi a calma, o sorriso, a lucidez
O que foi que você fez?

sábado, 16 de abril de 2011

Quando saires de mim...


Quando saires de mim

Sai por inteiro, levando tudo

A partida também tem que ser completa

E o adeus intenso

Embora a dor imensa

Tome conta do meu mundo

Vou saber seguir em frente

Com o silêncio mais profundo

Ocupando coração e mente...



Curitiba, 17 de abril de 2011

Claro


Claro que não estou bem.

Claro que choro muito, sempre.

Claro que estou tentando, sem sucesso...

Claro que o coração sangra, incessantemente...

Claro que sinto a sua falta, a toda hora...

Claro que dói ter a vida virada do avesso...

Claro que em certos dias é mais intenso...

Claro que um dia vai passar...

Claro que um dia...

Claro..."

Curitiba, 11 de abril de 2011

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Bolero


Quero lembrar do seu rosto e não consigo
Mas tenho seu perfume aqui comigo
E sua voz, que feito borboleta entrava em meus ouvidos,
E saía em forma de arco-íris, assim tão colorido
Com as notas musicais espalhadas no ar
Tomando forma de canção popular e soando
"Parece que dizes... te amo, Maria..."
E me encantava, mas só isso não me basta,
E agora sei, não era pra mim!
Que triste! A vida vai seguir assim...

Curitiba, 13 de abril de 2011

terça-feira, 12 de abril de 2011

Para Maria Flor, que fará olhos, ouvidos, boca e coração sorrirem ao mesmo tempo


Quando você vier, doce mel
Trará com você um pedacinho do céu
Guardado no brilho dos olhos
Na pureza do ser
Na delicadeza dos gestos
De quem olha o amanhecer

Trará consigo a ternura
O sorriso, quem sabe a timidez
Disfarçada em doçura
Ou paciência, talvez
E com certeza os talentos
Que encantarão pensamentos
E mostrarão lucidez...

Curitiba, 12 de abril de 2011

segunda-feira, 11 de abril de 2011


Sabe o que eu queria agora?
Fugir de tudo neste mundo
Que não me traga a paz
Deitar no teu colo, segurar o tempo
Espalhar sentimento, como fazia outrora...

Será que tu me ouves
A gritar teu nome no meio da noite
A te chamar bem baixinho
A te segredar no ouvido
Que sem ti não posso mais?

Curitiba, 11 de abril de 2011

Domingo


Saio pela manhã e a rua vazia
Num domingo, não é qualquer dia
É supostamente um dia de folia!
O nada nem ninguém a cada quadra
Nos faz caminhar de alma lavada
Com o cheiro do vento a nos seguir,
A nos rodear, a nos cobrir
Destino: Praça da Espanha
Que se mostra tão ampla e tamanha
E nos convida a por ali fazer florir
Cada sorriso, cada gesto impensado
Como um ato delicado,
E apreciar a beleza a nos invadir...

Curitiba, 10 de abril de 2011.

Foto...

Ontem abri um caderno velho
Sem muito mistério, nem nada escondido,
E no meio de tudo lá estava você,
Numa foto brindando à vida
Foto perdida no meio de tudo
E com o tempo já meio encardida
Solta feito pássaro, pronto a fugir,
A alçar vôo sem retorno
Como fizeste em carne e osso...
Mas os fotos me enganam, será que é sonho?
Será que volta na primavera?
Espera, espera...
Não volta mais...

Curitiba. 11 de abril de 2011

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Trilha sonora...


Onde está a trilha sonora
Que enfeitava a minha vida
Até poucas horas?
Não sei... Só sei que a minha vida
Não tem mais trilha sonora,
Nem música suave no fundo
E nem por um segundo
Tem moço bonito lá fora
Fazendo uma serenata ou
Me pedindo em casamento via celular
As pessoas que vejo passando
Tem sua graça mesmo assim, no silêncio...
Uma graça particular no movimento
De seus passos, ora vigorosos, ora lentos,
Desaparecendo no ar...

Curitiba, 6 de abril de 2011


segunda-feira, 4 de abril de 2011

Candinho


Ei, menino-passarinho,
Quando é mesmo que te vi quietinho?
Sempre, ou nunca, voando baixinho
Aqui na minha janela a me vigiar
Pousa e espera...

Ei, Candinho, será que meus olhos me traem?
Um minuto o bico fechado, curioso,
E no outro sorriso aberto, gostoso
É o que vejo a me deliciar
Amizade boa e sincera...

Saudades de vc...

Curitiba, 4 de abril de 2011.

domingo, 3 de abril de 2011

Mudanças


Quando alguém quiser sair do seu coração,
Deixe que vá, abra o braço, desprenda o abraço
Desaperte a mão, não segure, solte...
O pensar que não há volta dói
A dor que corre nas veias destrói
Mas depois passa...
Não se pode alimentar a esperança em vão.
Deve-se, ao contrário, se houver volta
Acalentar um recomeço sem sombras, sem revolta
Com graça, sem mágoas
Com sorrisos, e se possível sem memórias,
Sem lembranças
Pois cada um é um e muda, feito magia...
Afinal, não somos nós novos à luz de cada dia?

Curitiba, 3 de abril de 2011


Mais fácil...


A vida fica mais fácil quando se dá
Uma sonora gargalhada
De si mesmo, de tudo ou de nada
Diante do silêncio
Quando pra dizer não se tem mais nada
Não podemos deixá-la guardada
Temos que soltá-la, tal qual pássaro
Que preso, engaiolado
Anseia pelo vento, quando então não tem parada.
Ah, a vida... é tão mais fácil quando se dá uma gargalhada...

Curitiba, 3 de abril de 2011

sábado, 2 de abril de 2011

Outono...


Saio pra caminhar e percebo
Que o último suspiro do verão
Aparece no meio do nada, como uma despedida.
Mas logo se aquieta, logo se emudece.
Tenta romper, no meio das nuvens,
Pra dar seu grito derradeiro,
Mas está sem forças, calado.
As nuvens que encobrem os céus
São mais fortes
Como uma couraça,
Não permitem que a delicadeza do azul
Tome conta da atmosfera da manhã.
É outono...

Curitiba, 2 de abril de 2011.


sexta-feira, 1 de abril de 2011

Deixa passar...



Insistes em penetrar nos meus sonhos
No meio da noite
Acharia melhor que não entrasses
E que não forçasses a porta
Ao perceber que está trancada...
Preciso de um tempo pra trocar a fechadura
E me instalar de novo na sala
De onde gosto de observar o mundo,
Os dias iguais, e as madrugadas em plena paz...
Deixa então passar um tempo
Que tudo cura, tudo arruma,
Pra pedir de novo licença, bater à porta, e com carinho
alimentar a crença de que vale a pena um sentimento.

Curitiba, 1º de abril de 2011.