Não te reconheço mais
Em tempestades avassaladoras
Mas muito mais no doce da fruta no pé
No dedo de poesia de um fim de tarde
No sol que agasalha a cidade
Em dias de ausência do verão
Que descansa, e descansa,
Mas um dia volta
Te vejo no vento cavalheiro
Que tira as folhas secas pra dançar
E as lança no ar
E as desperta, desacerta, liberta
Ensinando os passos da vida
Invejo os teus pés que desenham
Círculos no espelho d'água
Porque aprendeste a ver a vida
Sem desesperar
Sem desistir
Sem se entregar
Curitiba, 24 de julho de 2016
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