sexta-feira, 11 de junho de 2010

Fim


Que reste apenas a doçura
E o colorido das conversas animadas
E enfeitadas de palavras puras.
Nada mais...

Que saibamos preservar o que foi bom
E não manchemos as lembranças
Com palavras duras.
Que venha a paz...


Curitiba, 11 de junho de 2010

Muitas Marias


Às vezes descubro em mim

Tanto amor, tantas Marias,

Estranho poder ser todas,

Ora dor, ora alegria

Acordo Maria Maria

Que trabalha noite e dia

De noite sou sem-vergonha

Reviro lençóis, que agonia!

Mas de todas sobra uma,

Que não sei bem de onde vem

Seja princesa ou pobrinha

Sou sempre Maria, meu bem...

Curitiba, 17 de dezembro de 2008
Teus passos ressoam no chão
Com a delicadeza de uma mão que toca o piano
Ou da chuva fria de primavera tamborilando nas flores

Dá pena saber que já não pensas em mim como eu em ti...
Dá pena...

Curitiba, 9 de dezembro de 2008
Talvez porque te sinta
Ausente, distante
Meu pensamento num mirante
Se abandona e perde o olhar

Talvez porque te sinta
Magoado, abandonado,
Meu coração acuado
Sofre, sem saber o que fazer

Ai, alma teimosa
Ainda não aprendeu?
Se entregue, mas não tanto

Talvez porque ainda
Haja tempo de consertar
Reverter tudo, lutar,
Não me entrego nunca!

Curitiba, 12 de junho de 2009

quinta-feira, 10 de junho de 2010


Quem sabe um dia
A mágoa se cure
E não mais segure
O que de mal
Meu coração abriga
Neste exato momento

Quem sabe um dia
O sorriso volte
O pensamento se solte
E deixe livre a alegria
Que por um tempo eu tive
Quem sabe...

Curitiba, 10 de junho de 2010

Achei que mereceria
Ao menos uma explicação
Um sim, um não
Ou talvez um olho no olho 
Consideração
Uma flecha direta ao coração
Mas mergulhada no mel
Pra não arder, pra não doer
Pra me dar forças pra continuar
A ser
Simplesmente ser

Curitiba, 10 de junho de 2010

É triste...


É triste...

Não estar mais lá quando você precisar
Ou estar lá e não te encontrar mais
Querer dizer teu nome que permanece
Incrustado na ponta da minha língua
Gravado em meu coração
E não poder mais.

Ficamos assim. Ficamos assim?!?!?!

Tenho agora teu nome sufocado.
De verdade, a intuição me gritava há dias
Dentro dos meus ouvidos,
O que eu não queria aceitar...
Que tudo tem um fim
Independente do meu querer,
Da minha vontade, do meu desejo.

E ficamos assim...
Eu, triste, solta no mundo dos sentimentos
Esperando, apenas, ter um dia a coragem
De enfrentar o meu último momento.

Curitiba, 10 de junho de 2010

domingo, 30 de maio de 2010

Timidez


Ah, essa timidez maldita,
Que em meu coração palpita
Que me deixa tão aflita
Por não poder concretizar

Aquele beijo roubado
Aquele abraço infinito
Desejado, expresso, escrito
E que vive, concretamente, no ar

Um dia me abro, me dispo
Dos escrúpulos, das vergonhas
Agarro você do meu jeito
Ainda que a isso não te disponhas

E trato com a timidez desfeito,
Me encho de coragem
Ao desejo dou passagem
Felicidade, vem se mostrar!

Curitiba, 30 de maio de 2010

terça-feira, 25 de maio de 2010


Você é um sedutor...
Foi falando, e discorrendo
E cantando o canto da sedução em cada palavra

Vc me abriu o apetite
E me fez ter mais e mais fome de ler, de conhecer
Por prazer...
Sem trégua e sem limite
Apenas o ler, por amor

Porque é só assim,

Simulando o ato amoroso com a leitura,
Que se pode chegar ao climax
E embora pleno, talvez embriagado,
Pela idéias que vem de tantos,
Ainda assim querer mais e mais...
E não querer romper os laços fortes
Que não se desfazem,
Que viram nós difíceis de desatar...

Vc é isso. E talvez nem se dê conta...

Curitiba, 23 de maio de 2010

domingo, 9 de maio de 2010

À Estrelinha do Al...


Ele, o pai meio sem-jeito; ela um bebê nos seus braços
Ele, o pai protetor; ela, aprendendo os primeiros passos
Ele, ensinando as continhas; ela, ensaiando as letrinhas
Ele, de olhar carinhoso; ela, fazendo gracinhas
Ele, com jeito zeloso; ela, mocinha se faz
Ele, pensa: cadê meu bebê? Já não dá pra voltar atrás.

Ela, mocinha dengosa, se desmancha em abraços
Ele, paizinho orgulhoso, se envaidece dos seus traços
Sabe que na vida, nada dura para sempre
Mas por que essa ausência que dói, assim tão de repente?
Ela, moça linda, virou estrela no céu
Partiu cedo demais...
Ele, que hoje, bem mais do que um pai, é um coração triste,
Tem a certeza de que um dia, encontra de novo essa menina
Que há de esperá-lo iluminada, com o sorriso mais lindo que existe...

Ao meu amigo Al, e à sua Adriana, com todo o carinho, minha homenagem.

domingo, 28 de março de 2010

Desculpe...


Desculpe...

Desculpe se às vezes não sou quem você espera
Se não estou presente quando você quer,
Desculpe...

Desculpe se te aborreço com as minhas saudades
Se não mereço um email me chamando de querida
Que sem dúvida teria adoçado a minha vida, hoje
Desculpe...

A vida achou você pra mim
Ou me colocou no seu caminho, não sei bem
Mas não importa
O que conta agora será sempre o que posso te dar
Daqui pra frente

Desculpe se não te agarro pelo pescoço como você espera
Se num abraço quase não te quebro os ossos, como você espera
Se não sou efusiva ou louca como você espera, desculpe

Eu sou assim...Só sei ser assim...
Cheia de sentimentos, feito uma canção de amor
Trancada num diário adolescente, doce e descrente
Do que o futuro pode me propor

Mais uma vez, desculpe...

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Pra você...


"Que nunca lhe falte carinho,

Coragem, mensagens,

Que nunca te sintas sozinho

Mesmo que em plena viagem,

Longe de casa, do que mais gostas.


Que sintas que mesmo longe

Tem alguém que não te esquece

E muito embora não a vejas,

No teu pensamento, no teu coração,

Com certeza ela sempre aparece...


Te guardo sempre, em lembrança

Em pensamento, em cada momento

E me sinto mesmo uma criança

Quando, ao sabor do vento,

Tuas palavras vem brincar nos meus ouvidos..."


Curitiba, 14 de fevereiro de 2010

sábado, 30 de janeiro de 2010

Urgência










                             

Assim que segues adiante 
na esquina da minha vida
Vivo a pressa, a iminência, 
a urgência de te encontrar
De te ver de novo, em qualquer hora,
Será que dá pra ser agora?
Essa urgência tem nome: saudade, 
Vontade de estar contigo,
Sentar lado a lado, falar da vida, rir muito!
Afinal, o que não nos falta é assunto.
E aí vem a hora de ir, a despedida,
O beijo, o abraço, a hora da partida,
Pra logo em seguida sentir
Que assim que segues em frente, naquela esquina
Meu coração de menina 
Já sente a urgência de novo...

Curitiba, 30 de janeiro de 2010

Bem perto do mar


Quisera hoje acordar e pensar que dormi
Bem perto do mar
Tão perto, que a cama seria
Uma extensão da areia
Como se eu pudesse tocar o mar
A cada instante em que me desalinho...
Como se eu buscasse destravar o celular que me acorda
E me conecta de novo ao mundo a cada manhã...
E ao sentir as ondas molhando e penteando meus cabelos, diria:
Que coisa boa, estou viva! Mais um dia!
Quisera muito esse pensar
De que gostosamente me espalhei, me revirei, dormi
Pra finalmente me acordar bem perto do mar

Curitiba, 30 de janeiro de 2010

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Janelas


Sempre que te vejo
Tenho a sensação
Que se abrem janelas em mim
E gosto que seja assim
Alma de menina
Encantada com a vida
Sorvendo cada minuto
E me parece às vezes
Que não fazê-lo é absurdo!

Curitiba, 26 de janeiro de 2010

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Entre Amigos


É um vai e vem de carinhos,
De amores, de sabores, de visões
De idéias e sugestões,
Afagos, abraços, apertando mais os laços
Ainda que à distância.
Laços invisíveis, mas profundos, bem atados
Amarrados com palavras, sons, e sonhos
Coisas lindas que, suponho
Pouca gente há de entender.

Curitiba, 20 de janeiro de 2010

Para um "Menino Eterno"


Nunca se envergonhe
De ser um menino
Que em tudo na vida
Enxerga um fascínio
E que embora maduro,
Conserva a esperança,
A alegria e a força
De uma criança

Diante da vida,
Jamais se esqueça
Há sempre a necessidade
Que o brilho prevaleça
Que os olhares sejam novos
Embora maduros
E que o sorriso se abra
Pra um incerto futuro

Curitiba, 19 de janeiro de 2010

Mundo complexo


Mundo complexo, desconexo,
Desconheço o seu acesso, rezo e peço
Pra nada mudar
Ou pra tudo mudar, quem sabe?
Jogo a semente
Observo lentamente
como cresce e rompe a terra,
E aparece pro mundo encontrar
E cria intimidade, busca o riso
Quer o amor, felicidade,
Mas logo se assusta e percebe
Decente, em seu pedido insistente
Que esse mundo vai é mesmo
Ficar do jeito que está.

Santos, 12 de janeiro de 2010

Não sei dizer...


Não sei dizer se a vida
É tão curta, que num segundo se acaba,
Ou se o segundo é tão longo
Que consegue uma vida abraçar
Não sei dizer…
E olhe que uma vida é longa!
É cheia de compassos, descompassos,
Tristezas, dores e incertezas
Pra finalmente definir
Que cada realização acontece
Definida por uma escolha,
Resultado muitas vezes de um sonho,
De um desejo que nasce,
Cresce, e toma forma
No coração de cada um…
Pensando bem…
Como a vida é curta!...


Santos, 11 de janeiro de 2010

Razões





Um dia você vai entender

Que as razões de cada um
Para cada uma de suas ações,
Jamais serão as suas razões


E ao compreender isso,
Verá que a sua verdade
Não é a única verdade
E nem a mais acertada


Que Verdade, de fato, só existe uma
Da qual não se pode fugir
E que a compreensão da mesma
Nos torna mais ricos no agir


E mais felizes também!
E impede que julguemos
Uns ao outros ao extremo
Segundo o que nos convém...


Um dia talvez perceba
Que aquela que agora despreza
Seja quem mais te amou
Sem jamais questionar nada


Sem poder cobrar, sem direitos
Mas guardando dentro do peito
Um sentimento de amor


Sincero, presente, profundo
Sem poder gritar ao mundo
Que a razão de tudo isso
É você, amor sem fim!



Curitiba, 20 de setembro de 2009

Meu Anjo




Se meu anjo esquecer o caminho de volta, deixe...
Deixe que passeie, sem pressa, sem receio,
Disfarçando, procurando um meio
De encontrar o seu
Sei que quando ele encontrar
Há de querer ficar mais um pouquinho
Só pra bater um papinho
Ou pra ensinar o caminho
De chegar até aqui!

Curitiba, 5 de outubro de 2009

Jardineiro de Almas



Jardineiro

Sente a semente dormente
Joga na terra e a desperta
Cuida, escuta, ajuda,
Para finalmente apontar
O caminho certo
Ajudando a descobrir
Que o mesmo está
Dentro de cada um.

Curitiba, julho de 2009

Sem proteção



Me atiro, me lanço sem medo

A alma na ponta dos dedos
Tecendo palavras que vão de mãos dadas
Pra que não se percam, nem se acanhem
Não olho pros lados, nem me policio
Conservo, talvez, um olhar fugidio,
Mas a alma está ali, na ponta dos dedos
Quem sabe me lembro de ser sempre assim...

Curitiba, 27 de junho de 2009